terça-feira, 28 de agosto de 2012

Minha prezada amiga Idilea e demais amigos e amigas da EMBB!
Que memorias guardo da E.M.Barro Branco? 
São tantas que sinto dificuldades em mencioná-las, tantos diálogos, tantas conversas com professoras e  professores, com funcionárias e funcionários,com alunos e alunas. Tenho receio de dirigir a palavra a alguns e negá-la a outros, lembrando me mais de Cândida e Carol, e me esquecendo de outros e outras. Sei que Lilian vai reclamar! Vou centrar-me nas lembranças iniciais, quando fui convidado pela professora Marluce, fundadora do Centro Histórico de Memória daducação na Baixada Fluminense. Lembro-me da gentileza do Rodney, motorista da Kombi do SEPE, que me trouxe até a escola. Fui apresentado à solícita Professora Rosana, diretora da Escola. Rodney me dizia "quero ver as meninas da Escola" e o sr. vai examinar o PPP. Os sonhos sobre a Escola Pública me fizeram acreditar que essa escola pública é possível, desde que haja uma vontade coletiva. Em seguida, alguns fatos e alguns profissionais me convenceram de que a escola pública popular é possível. Nas primeiras reuniões de estudo sobre o PPP, senti que a formação de professor@s acontecia ali naquele espaço, era uma realidade. Depoimentos que ouvia foram me convencendo que o coletivo da E M B B estava se consolidando. A direção e coordenação daquelas reuniões estimulavam a manutenção e o desenvolvimento do PPP. Os destaques de Nádia, Vilma, Lilian, Katia e Idílea eram percebidos e apoiados por todos. A dinâmica entre profissionais mais novos e iniciantes era sentida e desejada. Aprendi muito com um projeto político pedagógico, e passei a defendê-lo publicamente. Alguns profissionais queriam ver para crer. Vinham e acreditavam. Regina Leite Garcia, coordenadora do Campo de Pesquisas "O Cotidiano da Escola Pública" logo se prontificou para visitar a escola.
 Lembro-me que certa vez fui convidado para entrar na sala de aula da professora Mara, ensinava "Politica"  a@s alun@s para o dia que se tornassem presidentes: "Se fosse presidente o que você faria?" Dali surgiam propostas e programas políticos. Todos os escritos ficavam dependurados no mural da sala. Mais tarde, estimulado pelo Projeto de Pesquisa da FAPERJ, tendo como pesquisadoras "as professoras Maria Cândida e C. Delfina" pude conviver o cotidiano da escola com mais intensidade. As reuniões se multiplicavam! Candida puxou-me pela mão e levou-me a uma casa de uma senhora, cujo filho estava doente. Essas visitas eram constantes! Mais instigantes eram as reuniões. Lembro-me da reunião sobre "culturas" na qual a funcionária Regina contou para todos - por que deixou o Nordeste e veio para o Rio de Janeiro em busca de novos campos de trabalho. Na EMBB não havia rotina, mas um cotidiano como a professora Monica costumava vivenciar com toda intensidade. Lembro-me da carona de Débora qque me trouxe até o Shoping América. Lá passei para o Metrô, durante a viagem contou-me como se apaixonou pelo trabalho da EMBB. "É longe da minha casa, mas o grupo enstusiasma! Não larguei mais a escola. De vez em quando peguei carona com a Vera, antiga diretora, e naqueles momentos falava-me sobre como tudo começou na EMBB. E por falar em carona, quantas vezes, Candida veio me trazer, não só ao Metro, em Irajá, mas até a minha residência. Então o Tenente Flavio assumia a direção e voava pela Av. Brasil. Foram momentos de muita amizade e entusiasmo. E Candida não deixava nada para trás. Fazia suas avaliações, Aliás, sua sala de leitura era constituida de momentos fecundos de aprendizagem. Na conclusão do projeto de pesquisa da FAPERJ, trabalhou tanto, que acabou atrasando sua dissertação de Mestrado. 
Hoje, quando olho para trás, sinto-me feliz em escutar da Idiléa, os novos projetos de gestão democrática com os alunos mais novos. Sinto-me feliz em ter podido participar de como é possível construir uma escola pública municipal em uma escola popular capaz de instrumentalizar as classes populares. Abraços e saudações a todos e a todas. João Baptista Bastos.          


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